2º Dia da Viagem a Itália: Verona




A sensação com que ficámos relativamente a Verona, foi um sabor a pouco. Para além da Piazza Bra, onde se encontra a Arena di Verona (onde eu gostaria de ter assistido uma ópera, mas pensei: fica para a próxima) e onde almoçamos, num self-service muito fraquito, onde fomos fazer xixi a um WC público que não tinha sanitas, mas um buraco com água no chão.. :().., não vimos mais nada, para além da Casa da Giulietta.

É este o mal das excursões, sobretudo nos sítios onde não se pernoita, é tudo a correr e pouco ou nada se vê.

A entrada faz-se através da Porta Bra, com um arco e um relógio:


Depois, chega-se à Piazza Bra:


Começámos por uma ida ao WC público onde uma surpresa me aguardava - na casa de banho onde entrei não havia sanita, apenas um roço com água a correr no chão.., uma experiência bem estranha, sobretudo em Itália, onde não a esperava vivenciar - já tinha ouvido falar disto, mas na Ásia.., enfim..

Duas senhoras, colegas de viagem, que eu fotografei.. um pouco, indevidamente.. Lol


Depois foi o almoço num dos restaurantes da Piazza.


Na Piazza havia uma exposição de carros antigos, que não sei se estava associada a uma corrida ou não..


                    Ainda na Praça, podemos ver a Arena di Verona:


A Arena de Verona é o terceiro maior anfiteatro de Itália, depois do Coliseu e do anfiteatro de Capua e o mais bem preservado de todos.
O Anfiteatro foi construído na primeira metade do século I d.C., no período que marcou o fim do reinado de Augusto e o início do de Cláudio. Na época da sua construção, a Arena ficava do lado de fora das muralhas romanas, para evitar possíveis focos de distúrbio ou violência.
Embora arena em latim signifique “areia”, “harena”, ou área coberta de areia, a palavra acabou por ser sinónimo de anfiteatro. Isto porque, onde os espetáculos e combates de gladiadores, na época do Império Romano, eram realizados, usava-se a areia para absorver o sangue dos gladiadores e animais no centro do anfiteatro. :(


O que eu gostaria de ter assistido:





A caminho da Casa da Julieta....

O casal da esquerda brasileiro, o da direita "os mineirinhos" e a Fernanda no meio





Se não quiserem andar a pé, há um trenzinho que percorre a cidade:


Visita à Casa da Giulietta, a do livro Romeu e Julieta de William Shakespeare. Interessante como Verona soube explorar este romance, transformando uma história em algo, que imagino, muita gente vê como uma realidade.  







 




Há até o túmulo da Julieta :).. vazio..


Mas, terá sido história ou realidade?

""Ao longo da História, diversas obras literárias obtiveram grande destaque chegando a serem consideradas verdadeiros clássicos da literatura mundial. As características de uma personagem ou o envolvente enredo de uma história, por vezes, despertam uma grande paixão no público pela obra. Em determinadas situações, os admiradores de um clássico tão vivo e impactante chegam a questionar se aquelas linhas seriam mera ficção ou não.

“Romeu e Julieta”, do escritor britânico William Shakespeare, conta uma afamada história de amor que envolve um casal de jovens apaixonados, proibidos de viver o seu amor, pela a rivalidade das suas famílias. A intensidade dos diálogos e das ações envolvendo o atraente e trágico casal apaixonado desperta certa desconfiança sobre os limites do real e do imaginário. Afinal, Romeu e Julieta viveram para fora da cabeça de Shakespeare?

De facto, a primeira versão impressa desta obra, cita que o enredo daquela história já havia sido encenado em diversas peças de teatro. Um italiano chamado Giralomo della Corte, que viveu na mesma época de Shakespeare, dizia que a cidade de Verona vivenciou esse caso amoroso no ano de 1303. Teria o italiano se inspirado pela obra do escritor inglês ou Shakespeare explorou oportunamente um facto histórico que chegou aos seus ouvidos? Difícil de dizer.

No entanto, outras obras mais antigas que a do próprio Shakespeare também trazem outras questões a esse mistério. No século II, o escritor grego Xenofonte Epehesio escreveu a obra “Anthia e Abrocomas”, que possui diversas semelhanças com a história dos amantes italianos. Uma outra versão diz que o escritor italiano Luigi da Porto se inspirou em uma obra chamada “Novellino” e produziu um romance ambientado pelos amantes Romeo e Gulietta.

Essa mesma hipótese recai sobre uma obra do escritor italiano Matteo Bandello, que produziu uma versão da história em 1554. Tempos depois, essa história teria sido traduzida para o francês e uma versão em inglês transformou-a no poema “Romeus and Juliet”. No ano de 1567, uma versão em prosa do poema, teria gerado o livro “The palace of pleasure”, de Willian Paynter.

Entre tantas versões do que parece ser uma mesma obra, muitos historiadores chegaram à conclusão de que Shakespeare teria compilado uma peça teatral de origem completamente desconhecida. Entre tantas versões e possibilidades, ninguém sabe afirmar se Romeu e Julieta remontam a histórias de um tempo remoto ou se realmente viveram na Península Itálica. O único elemento realmente comprovado de toda essa história é o de que as famílias Montecchi e Capelletti existiram. Já é qualquer coisa!

Na mais famosa obra do escritor Dante Alighieri, “A Divina Comédia”, as duas famílias são citadas, enquanto exemplo das disputas políticas e comerciais desenvolvidas na Itália. No entanto, ainda há gente que discorde disso. Para o historiador Olin Moore, o nome destas duas famílias seria um outro desígnio para dois importantes partidos políticos rivais italianos: os gibelinos e os guelfos.

Por mais que essa polémica nunca tenha uma resposta definitiva, podemos notar como as pessoas se sentem impelidas a querer comprovar algo que se apresenta como ficção. O amor trágico e desmedido de Romeu e Julieta parece instaurar um arquétipo de um amor ideal, muitas vezes, distante das experiências afetivas quotidianamente experimentadas. Talvez por isso, tantos acreditam (ou pelo menos torcem) para que um amor, sem medidas como o do casal shakespeariano, tenha realmente acontecido."


Piazza delle Erbe e o Palazzo Maffei, com a sua imponente Torre, ao estilo de outra similar de Veneza.


A praça estava assim, para o vazio.. em dia de mercado, há barraquinhas com coisas à venda, mas ao que parece, roupas e souvenirs - não ervas!

Torre Lamberti


Seguindo caminho, poderíamos ter chegado à Ponte Pietra, sobre o Rio Ádige (se lá tivéssemos ido)... (para a próxima...)


Atravessando a ponte, vamos dar ao Funicolare, que nos permite subir ao Castelo San Pietro. Ao final do dia dizem, e eu acredito, que será mais bonito, de modo a poder ver-se a vista da cidade, ao pôr do sol.


Descendo as escadas, há um restaurante onde se pode jantar.

Mas de dia a viata também é muito bonita:



Volte pelo caminho inverso até chegar à Catedral de Santa Maria Matricolare:



O Castelvecchio, nas margens do Ádige, foi construído em 1354 e tem um Museu no seu interior.



Ao lado, está a Ponte Scaligero, que foi pertença da família Scalidgero, permitindo-lhes assim, chegar ao Castelo:





É possível fazer-se uma excursão de um dia ao Lago di Garda e vilas adjacentes, como Sirmione. Através do Funicolare Malcesine - Monte Blado, pode ter-se uma perspectiva melhor do Lago:

Comentários

  1. Excelente reportagem fotográfica sempre bem acompanhada de todas as explicações.
    Passeei também por aí mas já foi em 2014, adorei o circuito que fizemos.
    Beijinhos

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